Sábado, 14 de Março de 2009
 No dia 28 de Abril de 2009, o grupo aproveitou a hora da aula de Área de Projecto e realizou uma entrevista à professora de Psicologia e, também, coordenadora de Área de Projecto. As questões que foram colocadas tinham um carácter social.

 

 

 

Manuela Barbosa

Professora de Psicologia

 

Acha que o Estado ajuda suficientemente as pessoas afectadas com limitações sensoriais e psíquicas?

Olha, deixa-me respirar fundo porque a vossa pergunta é uma pergunta bastante pertinente. Portanto, é uma pergunta que se justifica. Isto porquê? Tem que se atender ao tempo histórico que as pessoas se colocam.

Há trinta ou quarenta anos atrás, os meninos que tinham limitações graves, e muitas delas até impeditivas de uma aprendizagem normal e natural, não integravam as escolas. Não integravam, não apareciam nas escolas. Actualmente, já há uns anos, há provavelmente dois, três, quatro anos, ou talvez mais, os alunos que tenham limitações na sua aprendizagem, devido a carências de natureza orgânica e fisiológica, são integrados nas escolas. Portanto, há da parte dos responsáveis pela educação uma certa tentativa para integrar os alunos na comunidade educativa escolar. Há esse esforço e é um esforço que é prático. Vocês vão ali á escola EB 2,3 da Maia, e vêem ali sempre uma carrinha disponível para transportar os alunos que apresentam determinadas necessidades orgânicas, fisiológicas, e quem sabe até a nível de sistema nervoso adaptativo e até a nível de aptidões e capacidades mentais. O problema que se põe é: até que ponto é que as escolas estão ou não preparadas para receber esses alunos? Atendendo que não me parecem alunos que reúnam condições para se integrar abertamente numa turma de vinte ou de vinte e poucos alunos, todos eles sem comportamentos alterados e até que ponto é justo integra-los? Questão que se põe: que preparação especifica têm os professores para assegurá-los nesse sentido?

Eu tive uma aluna de 12ºano, tal como vocês, que tinha imensas dificuldades. Imensas dificuldades porque era uma menina que tinha um conjunto de limitações orgânicas muito acentuadas. Felizmente os pais tinham posses e foi-lhe arranjado uma cadeira de rodas. Ela é que se transportava a si própria para dentro das salas de aulas, mas não podia estar naturalmente sentada como vocês estão na carteira. Essa aluna era do 12º ano. Eu tive, na área da psicologia, que realizar um esforço. Primeiro um esforço grande para conhecer aluna e compreender aquela aluna que fisiologicamente era uma aluna com limitações muito sérias e compreendê-la do ponto de vista do seu temperamento, da sua maneira de ser, a sua vontade de estudar, a sua aspiração profissional futura e até a aspiração para o curso universitário. Então, realizei um trabalho nesse pronto e acabei por contribuir, de certa forma, para a integração daquela aluna na turma. Ela era perfeitamente aceite e compreendida pelo seus colegas. Deu para entender bem isto? Claro que se pode pôr a questão, porque que é que a professora Manuela, que não teve preparação para tratar alunos, como vocês dizem aí, com limitações sensoriais e psíquicas, conseguiu, em certa medida, orientar aquela aluna? É professora de psicologia, portanto estava numa área específica. Estava numa área de conhecimentos que visam muito a compreensão comportamental das pessoas. Como é uma área que me interessa muito, eu fui estudar, eu fui estudar por mim, por minha iniciativa. Portanto, muita atenção a isto: há uma certa preocupação do Estado em integrar os alunos na escola, talvez até para lhes retirar um pouco aquele punho difícil que a sociedade emprega “não são meninos normais”. Quer dizer, às vezes há ferretes, nós afretamos as pessoas, não é? E o facto de abrir as portas da escola comum a esses alunos, educativamente pode ser uma promoção para esses alunos. Agora atenção, há que distinguir dois planos: uma coisa é a adaptação comportamental do aluno e tentar-se adaptar a um menino e integra-lo num ambiente normal natural no ensino aprendizagem, e outra é um outro plano que é a preparação que os mestres, professores têm ou receberam para acompanhar esses alunos. Além de que o acompanhamento desses alunos não se faz exclusivamente só por os professores. Tem que haver equipas especializadas para os acompanhar. Tem que estar o psicólogo directamente ligado à orientação desse aluno, o sociólogo, muitas das vezes, às vezes técnicos clínicos de saúde, e depois o diálogo permanente que é preciso saber ter e manter com o agregado familiar.

 

O que pensa do acesso que estas pessoas têm ao mercado de trabalho? Acha que as oportunidades são as mesmas que nós?

A complexidade das vossas questões vai crescendo. Uma coisa é a escola, onde, e vocês sabem isso muito bem, acaba por ser um espaço que durante anos seguidos as pessoas vão exercendo a sua frequência e a sua forma de estar, criando-se até laços no final do percurso escolar, laços de familiaridade muito acentuados. Quantas vezes vejo o testemunho dos jovens e o testemunho dos professores em apoio a pessoas, a alunos carenciados. No mundo do trabalho é diferente. Eu penso que se hoje em dia os professores e os pais são agentes educativos directos, estão preparados ou estão a preparar-se, prefiro dizer estão a preparar-se para poder proporcionar aos seus educandos um ambiente de normalidade relacional, portanto, um ambiente de aprendizagem perfeitamente natural. Eu não sei se a nossa sociedade em termos profissionais, isto é, de âmbitos de trabalho, zonas de trabalho, áreas de trabalho, está preparada para receber pessoas que receberam uma determinada formação, que tiveram uma determinada formação. Se estão preparadas para as receber e integrar no seu mundo do trabalho. Penso, deixai-me desabafar de uma forma desgostosa, que, em certo sentido, a sociedade ainda não está preparada e não me acredito muito que se prepare de repente para abrir portas profissionais de trabalho, abrir as portas do mundo do trabalho a pessoas carenciadas. Vimos uma certa mudança. Há programas de televisão interessantíssimos, pessoas que são invisuais e que desempenham determinadas funções em determinadas áreas, mas tem sido uma luta. Actualmente, creio pouco, porque acho que até que aquelas pessoas, que são portadoras, não quer dizer que sejam as pessoas mais adaptadas, atenção, que são portadoras de toda uma estrutura pessoal e relacional perfeitamente e aparentemente equilibrada, até essas pessoas estão a experienciar, neste momento, o fenómeno que nos marca, que é o desemprego. Portanto, há que distinguir duas coisas: a sociedade não sei se está preparada para abrir portas a esses jovens que concluíram a sua formação académica e muitas vezes levaram-na até á Universidade. Se estão preparados para os receber, terão até estruturas funcionais de trabalho adequadas, isso é um aspecto. Outra coisa é o drama que se vive socialmente do desemprego muito acentuado e em que não são dois ou três jovens, são dezenas para não dizer centenas e não dizer milhares de gente que, até preparada tecnicamente, não tem saída. Por isso, há que distinguir as duas coisas.

 

Para si, quais são os principais preconceitos que a sociedade ainda hoje apresenta?

Olha, eu posso dizer-te uma coisa: eu penso que o grande preconceito da nossa sociedade é preconceito, “o coitadinho”. Quando se olha para um ser humano que a natureza não favoreceu totalmente e aquele ser humano aparece com um defeito físico, aparece com uma limitação acentuada, de um modo geral é “coitadinho”. Que é uma cosia que me choca muito. Penso que as pessoas não têm propriamente a capacidade de olhar para o outro como um ser humano, independentemente de eu ter uma deficiência física notória, obter até alterações comportamentais de grande e elevada perturbação. Antes de mais são seres humanos que ali estão, são seres humanos. E como são seres humanos merecem, da parte de quem com eles se relaciona, uma certa atenção respeitosa. Não é propriamente uma atenção de lamentações, ou uma atenção do tal “coitadinho” que eu vos referi antes. Sociologicamente, assiste a esses indivíduos, a esses jovens ou crianças, ou até mesmo adultos, exige-se que sejam olhados como pessoas, como seres que integram na sociedade e que, infelizmente, não é um ou dois. Podia ser um caso pontual, mas não é. Infelizmente, e vocês sabem precisamente isso, a nossa sociedade já deveria, e penso que já há muita coisa organizada a esse nível, a nível privado, formas de orientar essas pessoas e de as ajudar a realizar um percurso de vida natural, justo e, em certa medida, compensatório. Porque a aspiração humana, a de qualquer ser humano, é ter uma vida em equilíbrio e ter uma vida estável. É uma aspiração que devia ser reconhecida a todo e qualquer ser humano. Deu para perceber? Mas eu penso que isto vai levar algum tempo... Já há muita coisa feita, há organizações privadas, particulares. Por exemplo, jovens e crianças com Síndrome de Down. Já há organizações preparadas para receber essas crianças e que lhe fornecem e orientam a educação em cooperação directa com os pais. Pais muito articulados com a escola. São escolas que se estão dotadas por especialistas, desde psicólogos, passando muitas das vezes por psiquiatras, por médicos, sociólogos, professores, pais. Vejam que são organizações que já têm os seus apoios muito bem organizados. Nós temos, por exemplo, na nossa escola um gabinete de psicologia onde temos uma profissional da psicologia que, não sei onde é que aquela senhora arranja mais tempo para dedicar à escola, mas se houvesse aqui uma posição concreta de um aluno desses, com certeza que a nossa representante da psicologia estaria apta a fazer um primeiro estudo ou um segundo estudo sobre essa situação, mas estou convencida que aconselharia logo a ampliar o quadro de apoio. Exigiria um trabalho muito próximo entre a escola e a família. Portanto, a família, porque são os primeiros educadores, e portanto, são quem melhor conhece o seu educando. E depois os professores, porque há sempre um grupo de quatro, cinco, seis professores, depende, a não ser que seja unificado em que são oito, nove, dez professores que acompanham o jovem. E depois não pensem que é só os professores ou os pais, os próprios colegas de turma, os jovens como vocês, que são colegas poderiam prestar, penso eu, um contributo muito significativo.

 

Que limitações a nossa sociedade apresenta para com estas pessoas portadoras de deficiência? Acha que tem boas condições para que estas pessoas possam levar uma vida normal?

Como te disse, isso está na sequência do que eu disse anteriormente. Penso que certas organizações de carácter privado já têm instituições de apoio. E que apoiam e depois faz-se um circuito comunicacional muito grande entre o médico que acompanha, entre os especialistas do comportamento humano que acompanham. Eu refiro-me a psicólogos ou a psiquiatras, entre quaisquer agentes clínicos que possam acompanhar a orientação dessa criança ou desse jovem, os pais, a escola. Há todo um circuito a efectuar. Eu tenho esperança que daqui a mais uns tempos, não vou dizer décadas, mas daqui a uns tempos, que haja uma certa evolução mais assegurada nas escolas públicas para casos pontuais de comportamentos que possam traduzir alterações chaves.

Quando vos falei ao bocado daquela rapariga que eu acompanhei nas aulas de Psicologia, e não fui só eu que a acompanhei. Estaria a esquecer e ignorar colegas que trabalharam comigo, era o conselho todo. Havia uma estreita relação entre a turma, os professores, os alunos, a aluna, e a professora de Psicologia. Eu também era Directora de Turma na altura, e havia um contacto muito directo com os pais, mas atenção a isto: aqueles pais, abençoados foram, nunca desapoiaram aquela jovem. Os pais foram pessoas que a acompanharam de uma forma muitíssimo cautelosa, prudente. Não lhe faltando com todos os recursos tecnológicos que pudessem de facto a orientar. Ela não conseguia escrever, e então o que ela usava? O computador. Os pais iniciaram aquela jovem na aprendizagem do computador, o que era mais fácil para ela. Apesar de ela ter distorções físicas enormes no corpo. Então, ela processava testes, tudo a computador. Estão a compreender? Portanto, eu penso que, para já, o alerta está lançado. Penso que várias vezes, e não é apenas destes últimos anos, o Ministério da Educação está atento a isso. Agora, terá que necessariamente continuar a apoiar e desencadear novas formas de apoio aos professores, porque geralmente até se chega a constituir, eu, por exemplo, estava numa escola, antes de vir aqui para a Escola Secundaria da Maia, em que os casos pontuais de alunos com deficiências e limitações orgânicas que alterassem a sua conduta adaptativa ou a sua conduta de aprendizes, eram acompanhados especificamente por conselhos de turma especiais. E havia sempre alguém na área da Psicologia ou da área de apoios especiais a acompanhar os professores. Portanto, já se vão fazendo nas escolas públicas algumas experiências dessa natureza. Claro está que aquele grupo de professores estava perante um desafio. Porque eles inclusivamente tinham de estudar o comportamento dos alunos que apareciam em determinadas circunstâncias, tinham de adaptar os programas, tinham que adaptar as estratégias, tinham que adaptar as próprias praticas pedagógicas, porque, tinham de acompanhar permanentemente e de forma até quase ilimitada.

 

Se pudesse o que mudava na sociedade?

Pergunta complicada. Se eu tivesse meios? A primeira medida que eu tomaria, isto era o ideal, é um idealismo, fosse talvez educar as pessoas para determinadas situações que podem ocorrer. Preparar as pessoas para isso. Incultura-las no ponto de vista de análise de determinados problemas, determinadas situações de risco e, sobretudo,

proporcionar-lhes um grau de conhecimento que pudesse vir a contribuir para uma postura relacional social com normalidade. As sociedades actuais, e não é só a portuguesa, mas a nossa talvez esteja a viver mais isso, são profundamente marcadas por situações de risco, situações problemáticas. Temos um exemplo muito concreto e que vocês jovens são muito sensíveis a isso: o caso da Sida, que é recente. Toda esta problemática da Sida. É muito importante que se prepare a sociedade para saber estar, para se saber relacionar e saber acompanhar quem padece de uma limitação de saúde desta natureza. E têm-se feito campanhas muito interessantes sobre isso. Há panfletos que se distribuem, há pequenos cartõezinhos para que as pessoas comecem a sensibilizar-se, frases curtas, simples, em que se explica os cuidados que se tem de ter, mas que não se pense que é através da respiração, da simples respiração que a doença se transmite. Mas ainda há gente muito apavorada. Eu já contactei de perto com um jovem, um jovem por acaso extremamente bem vestido, extremamente bem arranjado, que uma vez me abordou em Lisboa, em desespero dizia: “Olhe eu vou lhe dizer, eu tenho Sida, mas não se afaste de mim. Eu preciso de ajuda para comer.”. Mas via-se que era um jovem com formação. Atenção, não era uma pessoa, não era um jovem, digamos de um meio muito carenciado, de forma nenhuma. E eu tive um diálogo interessante com ele. Estivemos a conversar. Não lhe voltei as costas e não desatei a fugir de forma nenhuma. Ouvi o que ele tinha para dizer. Ele tinha fome, mas estando com um aspecto aparentemente saudável, ninguém diria que aquele rapaz tinha sida. Ele disse-me: “ Sabe, é que as pessoas mal eu digo que tenho Sida, afastam-se logo de mim, não me ouvem.”, e eu disse-lhe “ Não, faça o favor. Fale, diga o que quer.”. E ele então comunicou-me que tinha fome, que não tinha almoçado, não tinha lanchado, que lhe faltava dinheiro, que não tinha dinheiro. Eu lembro-me na altura o dinheiro que tinha dei-lho, entreguei-lho e disse-lhe: “Vá tomar uma refeição”. Ele ficou extremamente sensibilizado. Eu sem que ele me visse, porque não queria que ele pensasse que eu estava a verificar se ele me estava a falar a verdade ou não, observei-o. A primeira coisa que ele fez foi entrar numa daquelas confeitarias, aqueles pequenos snacks no centro comercial, e foi comer. Sentou-se e pediu comida. O que me levou a supor que de facto que era uma situação daquelas dramáticas. Portanto, eu se, quando me perguntas o que mudava na sociedade, meu Deus, idealmente, deixai-me dizer isto, começava por preparar as pessoas. Por tentar criar meios, meios ainda maiores, mais eficazes de informação, sensibilização e de esclarecimento. Porque muitas pessoas, às vezes, têm certos comportamentos perante pessoas que são portadoras de limitações, quer a nível de saúde, quer de uma doença grave, que é o caso da sida, ou qualquer limitação corporal ou mesmo psicológica e social no relacionamento com os outros, e as pessoas, ou por receio, ou por medo, ou por ignorância, voltam as costas. É um ser humano que ali está, precisa de ser ajudado. Eu vou dizer-vos que eu penso isto porque eu sou muito personalista de crença, eu sou muito defensora do personalismo como corrente de vida. E o personalismo, pelo menos a quem o estuda e a quem o lê, empresta as pessoas e estimula nas pessoas uma enorme capacidade para compreender e procurar aceitar os outros nos seus momentos elevados de vida ou nos momentos de guerra. E os momentos elevados de vida e de guerra das pessoas podem acontecer até as pessoas ditas normais. Quantas vezes a vida começa, o nosso dia começa de manhã, confiantemente, sorridentemente, e ao fim do dia eu estou quase, não digo a declinar, mas estou com uma preocupação, sinto qualquer coisa que está a mudar em mim. Temos altos e baixos na nossa vida mesmo normal, que farão as pessoas que sentem que as outras são sensíveis. Podem estar numa cadeira de rodas, ter um enorme defeito físico, ou serem todas tortas, mas têm sensibilidade e também captam a forma como os outros com eles se relacionam. Também captam a forma como os outros com eles se relacionam. Portanto, reparem, eu sou muito personalista de crença é por isso que eu vos transmito este testemunho. Podia chegar aqui e dizer assim “O Estado não tem assumido as suas responsabilidades…” entrava pelo discurso negativo. Não. Eu sou professora há quarenta anos quase, é uma vida. E comparo a escola de há quarenta anos com a escola que temos hoje e verifico que já se fez alguma coisa. Portanto, penso eu que, quer quem nos super entende superiormente na educação, quer as escolas, quer os grupos de professores ou um professor individualmente considerado, penso que tem havido um esforço no sentido de uma orientação educativa em cooperação. São situações que exigem remodelações consecutivas. Há escolas, como vos disse, ao bocado, em que existem grupos de professores especificamente que trabalham aqueles alunos com limitações. Admite-se todo o tipo de limitações, desde as limitações orgânicas, fisiológicas, às limitações intelectuais, às limitações afectivas. E vocês sabem, portanto, como já devem ter estudado isso, um dos miúdos, uns jovens e miúdos, onde é preciso saber estar com eles, saber comunicar com eles para aprender o que eles comunicam, é por exemplo todos aqueles casos pontuais de autismo. E compreender as reacções comportamentais desses jovens e dessas crianças que têm uma dimensão comportamental e integrativa diferente do comum dos outros jovens.

 

Publicado por Grupo 3 às 21:28

meninas, isto está FUCKING COOL :D
joao a 19 de Março de 2009 às 21:58

Não podias ter uma linguagem mais adequada, João Caçador!
Grupo 3 a 19 de Março de 2009 às 22:04